
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O dólar opera perto da estabilidade nesta terça-feira (16), com leve alta de 0,01% por volta das 10h30, cotado a R$ 5,4236. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caía 1,28%, aos 160.400 pontos.
Os mercados começam o dia de olho na agenda do Brasil e dos Estados Unidos. No cenário doméstico, a atenção se volta à ata do Copom, que traz mais detalhes sobre a decisão do Banco Central em manter os juros. Lá fora, indicadores de emprego e consumo ajudam a calibrar as expectativas sobre quando o Fed pode iniciar cortes nas taxas.
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▶️ No Brasil, a ata da última reunião do Copom reforçou sinais de desaceleração da atividade e queda da inflação, mas não indicou quando poderá começar a reduzir a taxa básica. O BC afirmou que seguirá vigilante e não hesitará em retomar altas se necessário.
▶️ Nos EUA, o destaque do dia é o relatório de empregos (payroll) referente a novembro e outubro, cuja divulgação havia sido adiada pela paralisação do governo. A expectativa é de criação de cerca de 50 mil vagas.
🔎 Um resultado mais fraco que o esperado no mercado de trabalho americano pode reacender apostas em um novo corte de juros já em janeiro, caso os números indiquem retração na geração de empregos.
▶️ Também nos EUA, saem dados de vendas no varejo de outubro, com previsão de alta de 0,2% no mês e avanço de 2,7% na base anual. A agenda inclui ainda índices PMI preliminares de indústria e serviços para dezembro, além de estoques empresariais e de petróleo.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado:
💲Dólar
a
Acumulado da semana: +0,23%;
Acumulado do mês: +1,64%;
Acumulado do ano: -12,25%.
📈Ibovespa
C
Acumulado da semana: +1,07%;
Acumulado do mês: +2,14%;
Acumulado do ano: +35,08%.
Ata do Copom
O Banco Central informou nesta terça-feira que a economia brasileira segue em desaceleração gradual, enquanto a inflação atual e as expectativas para os próximos meses continuam recuando.
Esse movimento, em tese, abre espaço para cortes de juros no futuro, mas ainda não no curto prazo.
👉 Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, a autoridade monetária manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano — o maior nível em quase 20 anos — pela quarta vez consecutiva.
O documento não trouxe sinalizações sobre quando os juros poderão começar a cair e reforçou que o Banco Central seguirá atento ao cenário, podendo inclusive voltar a elevar a taxa, se necessário.
Segundo o Copom, embora as expectativas de inflação estejam em trajetória de queda, elas ainda permanecem acima da meta oficial definida pelo governo.
Por isso, o comitê avalia que é preciso manter os juros elevados por mais tempo para garantir que a inflação convirja para o objetivo com menor risco para a economia.
🔎 Em um cenário de expectativas “desancoradas” — quando o mercado não está plenamente convencido de que a inflação ficará dentro da meta —, a política monetária precisa ser mais restritiva.
A ata também destacou que a condução cautelosa da política de juros tem ajudado a conter a inflação. O BC reiterou seu compromisso com o controle dos preços e afirmou que o cenário atual exige uma política monetária contracionista — isto é, com juros altos — por um período prolongado.
Além disso, o BC explicou que a desaceleração da economia faz parte da estratégia para conter a inflação. Dados recentes mostram crescimento mais moderado do PIB e desaceleração no consumo das famílias, movimento considerado essencial para reduzir as pressões inflacionárias, especialmente no setor de serviços.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados futuros começaram o dia em queda, refletindo a cautela antes da divulgação do relatório de empregos, que pode indicar a saúde da economia e influenciar as expectativas sobre juros para o próximo ano.
Durante a manhã, os futuros do Dow Jones recuavam 0,13%, os do S&P 500 caíam 0,19% e os da Nasdaq perdiam 0,31%.
As bolsas europeias operavam com leve alta, apoiadas por ganhos nos setores financeiro e de saúde, enquanto quedas em tecnologia e defesa limitaram o avanço.
Por volta das 9h15, o índice Stoxx 600 subia 0,2%, a 583,39 pontos. Entre os principais mercados, o DAX da Alemanha avançava 0,07%, o FTSE 100 do Reino Unido ganhava 0,03%, o CAC 40 da França tinha alta de 0,29% e o FTSE MIB da Itália subia 0,19%.
Os mercados asiáticos fecharam em queda, pressionados pelo nervosismo antes da divulgação dos dados econômicos dos EUA e por sinais de fragilidade na economia chinesa.
Além disso, o setor imobiliário voltou a pesar, enquanto ações ligadas à nova energia e inteligência artificial também recuaram. Analistas afirmam que o mercado precisa de estímulos mais fortes para retomar a alta.
No fechamento, em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,54%, a 25.235 pontos, enquanto em Xangai o SSEC perdeu 1,11%, a 3.824 pontos, e o CSI300 caiu 1,20%, a 4.497 pontos. No Japão, o Nikkei 1,6%, a 49.373 pontos.
Outros mercados também tiveram baixa: Seul (-2,24%), Taiwan (-1,19%) e Cingapura (-0,20%).
Notas de 1 dólar
Rafael Holanda/g1
*Com informações da agência de notícias Reuters
G1 carai

