
Imagem de tilápia; 97,4% do que o setor exporta vai para os Estados Unidos.
Diego Vargas/Seapa MG
Quase metade das exportações brasileiras do agro para os Estados Unidos ainda está sujeita ao tarifaço imposto pelo presidente americano Donald Trump, disse a diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Sueme Mori, nesta terça-feira (9).
Segundo a diretora, os produtos que ainda não foram isentos da tarifa adicional de 40% correspondem a 45% do valor que foi exportado em 2024.
Alguns deles são muito dependentes dos EUA no comércio exterior, como a tilápia, o sebo bovino e o mel.
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Dados da CNA mostram, por exemplo, que 97,4% das exportações de tilápia, no ano passado, foram destinadas para os EUA.
No caso do sebo bovino, esse percentual foi de 93,6%, enquanto o mel, de 78,2%.
Durante coletiva de imprensa nesta terça, Mori disse que, caso as tarifas não sejam revertidas, as exportações do agro podem ter um prejuízo de US$ 2,7 bilhões no próximo ano.
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Tarifas aplicadas ao Brasil
Ao longo do ano, diversos produtos brasileiros foram atingidos por taxas adicionais de importação implementadas pelo governo americano.
Em abril, Trump anunciou uma tarifa recíproca de 10% para cerca de 200 produtos alimentícios de diversos países, incluindo o Brasil. A medida, porém, foi revertida em novembro.
Em julho, o presidente americano anunciou uma nova sobretaxa de 40%, voltadas para diversos produtos brasileiros, mas quatro meses depois suspendeu a tarifação para mais de 200 mercadorias.
As duas medidas trouxeram um grande alívio para o agro, já que tiraram da taxação produtos de peso da exportação nacional, como o café em grão e a carne bovina, que são, respectivamente, o segundo e o terceiro itens mais vendidos pelo setor aos EUA, atrás dos produtos florestais.
G1 carai

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