Bitcoin enfrenta pressão macro e barreiras técnicas; um novo fundo à vista?

Bitcoin enfrenta pressão macro e barreiras técnicas; um novo fundo à vista?


  • A falha do em romper a resistência próxima de US$ 115.800 reacendeu a pressão vendedora.
  • A fragilidade técnica agora se soma às liquidações de US$ 19 bilhões e à saída de recursos dos ETFs.
  • Enquanto o renova recordes, os riscos macroeconômicos e geopolíticos continuam pesando sobre o sentimento do mercado cripto.

O bitcoin chegou a tocar US$ 115.800 em uma tentativa de recuperação após a forte queda da semana anterior, mas não conseguiu sustentar esse nível. A resistência enfrentada no início da semana coincidiu com o limite superior do canal de baixa iniciado em julho. A falha na quebra desse patamar reacendeu a pressão vendedora e levou o preço a corrigir rapidamente, com o ativo recuando até o suporte crítico em torno de US$ 106.000 no último pregão da semana.Bitcoin - análise técnica

Esse nível marca não apenas a base do canal atual, mas também a zona de saída da última tendência de alta, iniciada após a consolidação observada entre maio e junho. Fechamentos diários abaixo de US$ 106.000 podem aprofundar o movimento técnico de venda, com próximos suportes na região de US$ 101.000 a US$ 99.500. Por outro lado, se o preço se mantiver acima desse nível, o movimento pode ser interpretado como manutenção da linha de suporte, abrindo espaço para um repique semelhante ao observado entre agosto e setembro.

Liquidações e fatores macroeconômicos pressionam o mercado

A volatilidade recente não decorre apenas de fatores técnicos, mas também de eventos macroeconômicos e de liquidez. Após a queda da semana passada, cerca de US$ 19 bilhões em posições alavancadas foram liquidadas nos mercados futuros de cripto, expondo a fragilidade do setor. Essas liquidações rápidas afetam a confiança dos investidores em derivativos e tendem a provocar vendas em pânico no mercado à vista, ampliando o estresse de curto prazo.

Busca por ativos de refúgio cresce enquanto demanda institucional enfraquece

A saída de recursos de ETFs de bitcoin evidencia o enfraquecimento da demanda institucional. O apetite por risco global também diminui em meio à alta dos rendimentos dos Treasuries e às tensões geopolíticas, fatores que redirecionam o capital para ativos tradicionais de proteção, reduzindo o apelo das criptomoedas no curto prazo.

Enquanto isso, o ouro mantém forte trajetória de alta, superando US$ 4.370 por onça, apoiado pelas incertezas em torno do próximo corte de juros do Fed e pelo agravamento das tensões comerciais entre EUA e China. O bitcoin, frequentemente chamado de “ouro digital”, enfrenta correções mais acentuadas justamente quando o metal físico volta a brilhar. Ainda assim, historicamente, o bitcoin costuma recuperar espaço em períodos de incerteza econômica, sustentado por sua oferta limitada e natureza descentralizada. Caso as tensões geopolíticas diminuam e haja realização de lucros nos ativos de refúgio, o interesse de compra em bitcoin pode ressurgir.

Incertezas políticas nos EUA e o papel do Fed

O cenário político americano também contribui para a pressão sobre o mercado cripto. O encontro do presidente Donald Trump com Vladimir Putin e o plano de receber em seguida o líder ucraniano Volodymyr Zelenskiy reacenderam as preocupações geopolíticas, levando o bitcoin a atingir mínimas de 15 semanas.

Além disso, o shutdown do governo federal atrasou a divulgação de indicadores econômicos, enquanto o mais recente Beige Book apontou perda de ritmo no crescimento. Mesmo assim, o presidente do Fed, Jerome Powell, segue indicando uma postura mais acomodatícia de política monetária, e o mercado já precifica novo corte de juros em dezembro. Caso esse cenário se confirme, a maior liquidez pode favorecer o bitcoin, reforçando o ambiente de suporte no médio prazo.

Níveis técnicos decisivos

O patamar de US$ 106.000 continua sendo o ponto de inflexão para o bitcoin no curto prazo. Fechamentos diários abaixo desse nível abririam espaço para uma extensão da queda até a faixa de US$ 101.000–99.500, enquanto uma estabilização acima dele pode sinalizar o início de uma nova onda de recuperação rumo à região de US$ 115.000.

No horizonte mais amplo, a continuidade do ciclo de cortes de pelo Fed tende a sustentar os mercados de criptoativos. Contudo, se os riscos geopolíticos se intensificarem, os rendimentos dos Treasuries permanecerem elevados e as saídas institucionais persistirem, o bitcoin pode seguir sob pressão antes de retomar fôlego.
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