- O bitcoin segue abaixo das principais zonas de resistência e mantém tendência de baixa clara no curto prazo.
- A pressão vendedora aumenta à medida que o preço se aproxima da faixa de suporte em US$ 93.600, acompanhada por alta no volume de negociação.
- Um movimento mais profundo em direção à região de US$ 85.000 a US$ 86.000 ganha força, a menos que níveis técnicos relevantes sejam retomados.
O bitcoin rompeu a faixa dos US$ 100.000, ampliando a pressão vendedora dos últimos dias. O ativo também perdeu o nível de retração de Fibonacci de 0,50, em US$ 99.600, que há meses vinha atuando como ponto de equilíbrio e decisão da tendência de alta observada entre abril e outubro. A queda até a região de US$ 97.500 após o rompimento mostra que os vendedores continuam dominando o fluxo, e o aumento de volume no gráfico diário reforça que o movimento tem caráter institucional, e não apenas especulativo.
As médias móveis curtas confirmam a configuração de baixa: a Média Exponencial de 8 dias (MME 8) segue abaixo da MME 21, ambas com inclinação descendente. O é negociado bem abaixo dessas médias e também da MME de 3 meses, situada próxima a US$ 110.000, consolidando uma tendência baixista clara no gráfico diário. Eventuais repiques, portanto, ainda configuram movimentos corretivos dentro de um cenário maior de queda.
No curto prazo, a primeira resistência aparece entre US$ 99.500 e US$ 100.000, enquanto a faixa de US$ 105.000 a US$ 106.000 representa o ponto-chave de reversão, alinhado à linha de pescoço da figura técnica. Enquanto o preço não romper com força essas zonas, as altas tendem a ser oportunidades de venda do ponto de vista técnico.
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Estrutura de mercado: onde a queda pode desacelerar
O padrão de Ombro-Cabeça-Ombro (OCO) no gráfico diário está praticamente completo. A “cabeça” se formou no topo próximo a US$ 124.000, enquanto os “ombros” ficaram na região entre US$ 112.000 e US$ 114.000. Após perder a zona de US$ 105.500 a US$ 106.500, que funcionava como linha de pescoço, o BTC tentou retornar várias vezes a esse patamar, mas encontrou novas ondas de venda a cada tentativa.
Esse comportamento indica que a fase de reteste pós-rompimento já foi concluída, mantendo o viés negativo dominante.
O primeiro suporte relevante está entre US$ 93.600 e US$ 93.700, correspondente à retração de Fibonacci de 0,618. A perda do nível de 0,50 aumentou significativamente a probabilidade de teste dessa região, especialmente com o volume crescente. Essa faixa merece atenção, pois historicamente serve como suporte técnico e ponto de pausa intermediário, podendo atrair compradores de curto prazo.
Se esse suporte for rompido, o próximo alvo fica na região de US$ 85.000 a US$ 86.000, que coincide com a retração de 0,786 de Fibonacci e o alvo teórico do padrão OCO. Trata-se de uma zona crítica de suporte em que o mercado pode tentar formar um fundo mais consistente e atrair compradores de médio prazo.
O IFR diário permanece em região de sobrevenda, movendo-se lateralmente, um comportamento típico de fases de correção. Isso indica pressão vendedora contínua, não necessariamente um ponto de inflexão. Apenas uma curva ascendente do IFR combinada com estabilidade de preço em torno de US$ 93.600 poderia gerar um repique técnico de curto prazo, sinal ainda ausente.
Panorama semanal do bitcoin
No gráfico semanal, o canal de alta iniciado em 2023 segue intacto, embora o preço tenha entrado em uma fase corretiva mais acentuada após romper a banda média do canal. A extensão de Fibonacci de 1,618 em US$ 102.060 atuou recentemente como suporte e ponto pivô, mas a velha semanal atual se mantém abaixo desse nível, mostrando que a correção ganhou força nos dois horizontes, diário e semanal.
Nas médias móveis, o BTC está há mais de um mês abaixo das MMEs de 8 e 21 semanas, que já realizaram um cruzamento de baixa, sinalizando perda de fôlego da tendência principal. Se a faixa de US$ 88.000 a US$ 90.000 também ceder, o movimento pode se estender até US$ 85.000 a US$ 86.000, coincidindo com o alvo do OCO e a base do canal de alta.
O IFR semanal mergulhou mais fundo na região de sobrevenda. Quando esse indicador conclui o movimento de queda e começa a virar para cima, costuma antecipar o início de uma nova perna de alta de médio prazo. No entanto, por enquanto, tanto o gráfico diário quanto o semanal mostram que o preço ainda busca níveis de suporte mais baixos, indicando que a formação de fundo ainda não ocorreu.
Perspectivas para o bitcoin
No curto prazo, o viés permanece negativo abaixo da faixa de US$ 99.500 a US$ 100.000. Enquanto o preço não retomar esse patamar, o gráfico aponta para um teste do suporte de 0,618 de Fibonacci em US$ 93.600. Essa área pode gerar reações pontuais, mas a tendência predominante segue baixista até que o ativo registre fechamentos diários ou semanais acima da zona de US$ 105.000 a US$ 106.000.
O mercado continua pressionado pelo padrão OCO, inserido em uma correção intermediária dentro do ciclo de alta mais amplo iniciado em 2023. O bitcoin precisará formar fundos ascendentes e um padrão claro de reversão nos gráficos diário e semanal para que o ativo volte a apresentar estrutura de alta sustentável.
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